terça-feira, 11 de julho de 2017

ON THE ROAD COM IRENE YPENBURG

Em outubro de 2016 tive o imenso prazer de conviver alguns dias e tocar com Irene Ypenburg, a doce primeira dama do gypsy jazz, artista plástica, compositora, instrumentista, é holandesa e descendente de ciganos. Simpática, inteligente e divertida, Irene começou a tocar a alguns anos depois do falecimento de seu companheiro e rapidamente universalizou com o universo do jazz manouche e o universo do jazz manouche se 'irenizou'.
Amiga e conhecida de toda comunidade manouche, Irene é "La Mama" querida em unanimidade pelos músicos manouches,  convidada viaja por festivais e eventos dedicados ao jazz manouche ao redor mundo a seja para tocar ou registar em fotografias seu olhar artístico.

Conhecia Irene do mundo virtual da internet, sempre via aquela distinta guitarrista nos videos que circulam pela rede e nas postagens das redes sociais, quando meu amigo José Fernando me falou sobre a vinda dela para a quarta edição do Festival de Jazz Manouche de Piracicaba fiquei bem animado. Conheci Irene no aeroporto em Campinas - SP quando chegava pra participar das apresentações do festival para tocar com Jon Larsen, no mesmo dia fiquei sabendo que eu juntamente com o acordeonista Marcelo Cigano iriamos tambem tocar com a Irene no festival, seriam 6 músicas entre inéditas e temas do cancioneiro cigano (que nunca tinha ouvido) cantadas em romani e o ensaio no outro dia de manha no quarto 404 do hotel (o quarto de Irene).

No ensaio bastante atenção para captar e aprender as músicas, lindas canções como "An miro Ji" com ritmo e progressão harmônica nada convencionais ao atual 'gypsy jazz' nada de 'la pompe' a pegada era mais raiz ...mais manouche, por sorte tinha aprendido um pouco dessa raiz com o mestre Louis Plessier e estava muito bem aparado pelo super acordeon de Marcelo Cigano, desdente de ciganos corre por suas veias e música de toda sonoridade do leste europeu, muito bom.

Ensaio #01 no quarto 404 

Fiz quarto ou cinco apresentações com Irene, mas com certeza tocar no palco principal do "Festival de jazz Manouche de Piracicaba" as composições próprias de Irene e outras inéditas para nós brasileiros foi uma energia especial, certamente a sonoridade desse "Trio" iria crescer muito se tivéssemos a chance de tocar mais vezes juntos, deu liga.   

Irene tem um canal muito interessante no youtube onde registra suas viagens, festivais, músicos, entrevistas, experiências e o lado mais 'intimo' do músicos de jazz manouche. Vale a pena conferir: Irene's Gypsy Jazz Adventures

Escutar mais histórias sobre o jazz manouche foi o que fiz na semana que convivi com Irene Ypenburg, conversas pra lá de agradáveis, muita risada e diversão. Sempre bem vinda querida Irene!!



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